Moralismo Imoral
Jornal O Estado do Maranhão As instituições de Estado do Brasil, essenciais para nossa vida como nação, encontram-se em grande parte desacreditadas hoje em dia. Contudo, a democracia brasileira precisa de aperfeiçoamento, não de fechamento. Não faz sentido, portanto, o grito “fechem o Supremo”. O Tribunal foi fechado em 1964, mas as palavras de ordem política eram outras. Ouvia-se “Abram o Supremo”. Esse grito ditatorial, leva-me a um excelente artigo saído na imprensa local há poucos dias, cujo título é “Lava-Jato e os guardiães: nem a pau, Juvenal”, de autoria de Gabriel Machado, vice-presidente do Instituto Observatório e Cidadania. Pergunta Gabriel, com pertinência, quem vigia os vigias, entre eles Dallagnol, o fanático religioso de romance de Dostoiévski, ao falar da tentativa da força-tarefa da Lava-Jato, de criação de uma fundação de direito privado, a ser gerida por seus próprios membros, com o fim de administrar recursos provenientes de multas impostas à Petro...