Aos progressistas
Luiz Alfredo Raposo Economista Fomos às ruas pela saída da fabricante de uma mega-calamidade econômica. A chefe de governo cega e surda à maior roubalheira da história universal da infâmia. O animal político que findou sem apoio congressual do próprio partido (vide DRU 2015). Com um time de bambas, o substituto faz um programa econômico sensato e muda a gestão das estatais. Melhora o jogo com o Congresso e não perde uma. Começa a funcionar e maio era o mês das reformas. Indigestas à alta burocracia e à elite sindical, sem elas, dizia o governo, o que víamos não passava de uma visita da saúde. Depois, sabia Deus... Tudo tomava jeito de final feliz, quando vem o suspeitíssimo episódio da gravação do empresário-delator. Gravação de banalidade atroz. O notável era ir alguém, com o placet de altas autoridades, espionar o chefe da Nação. Mas aí entra a coisa nossa da inversão da culpa: o crime está, não em estuprar ou espionar, mas em ser estuprado ou espionado. Lembram o ex-presiden...