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Mostrando postagens de dezembro, 2017

Ângela e os bororós

Luiz Alfredo Raposo Economista           Deu na e-midia, a chanceler Ângela Merkel teria dito a juízes e altos burocratas que pleiteavam salários de professor: “como posso igualar vocês a quem os ensinou?” Aqui, inverso o quadro, indagam como reagiria uma Merkel presidente. Alemãmente, creio. Começaria por anotar os problemas federais: 1) os supersalários (acima do teto legal) têm um bruto dum peso na folha de ativos. 2) É enorme, frente à do INSS, a aposentadoria média do setor público. “Cópia” dos salários da ativa, ela continua a desigualdade. 3) Inviável mais imposto, está-se no nível alemão e muito aquém da renda per capita alemã. 4) No atual ciclo demográfico, o movimento de aposentações é tal, que a folha dos inativos promete comer, não demora, toda a receita orçamentária.            É, desastre na Previdência gera desastre no Tesouro e descarta soluções via só (1) ou (3). P. ex., aumentar os professores e trazer os sal...

Imprevidência

Jornal O Estado do Maranhão           Quando, nos anos 50, eu era um vivaz garotinho, como se dizia então, uma pessoa idosa era quase uma raridade. Muitos adultos usavam a expressão “lá vem o velho” para amedrontar as crianças dos casais com 7, 8, 9, 10 ou mais filhos e fazê-las ficar quietas. Conformação demográfica como essa, com muitos jovens e poucos idosos, aparecia numericamente como uma elevada participação percentual dos primeiros na população, característica dominante havia décadas. A pirâmide populacional brasileira era larga na base e bem fina no topo.           Ocorreu a partir de então, como em outros países de nível de renda semelhante ao do Brasil, célere processo de urbanização, que levou à diminuição das taxas de fecundidade, com consequências importantes na nossa composição etária. A relação jovem/idoso começou, também aceleradamente, a cair. Países de renda mais alta do que a nossa passaram da mesma forma por essas...

Infestação

Jornal O Estado do Maranhão           A infestação da maioria das redações dos grandes veículos de comunicação pelo “pensamento” esquerdista é matéria – uso esta palavra por ser ela objeto de veneração nesses lugares sagrados, onde existem altares a seu culto e se repete a toda hora o mantra sobre matéria atrair matéria – de um dos poucos consensos no Brasil, país tão disposto a tudo transformar em discórdia, até mesmo os argumentos acerca de comunistas terem direito de morar no Leblon, ou não terem, em apartamento com vista para o mar. Eles têm, sim, pobrezinhos! Nessas redações militam mais comunistas, é avaliação consensual, do que na China inteira, país nominalmente socialista, mas, na prática, capitalista, sendo esta a razão de o país vir crescendo tanto há tanto tempo, não por causa de imaginária sabedoria milenar chinesa.           Pois são essas hordas de passivistas políticos cheios de indignação teórica (verdadeiros passivist...