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Mostrando postagens de maio, 2017

Um substituto para Temer

Por Luiz Alfredo Raposo Economista Publicado no Jornal do Commercio, Recife, em 30/5/2017 D obrado o cabo  dos 70 ,   adeus  tempo  do aca n hamento .  De  cala r  ou  medir as  palavras ,  ante  um perigo  grave e  claríssimo .  Daí  o   mandamento   d este bilhete . C ontra a corrente , sim. E mb ebi do , porém,   d e  algo  que  Unamuno formulou   como ninguém :  y  viviré   esperándote ,  Esperanza ! Vejamos:   o   quadro  fiscal  é  grave . O déficit primário federal de  2017  deve  ir  a  R$ 200  bi ( lhões ) .  Com  os  juros, de  uns  R$ 300 bi,  eleva -se   a dívida pú b lica  federal (R$3,2 tri)   em   15 % !  Alucinante  e insustentável .   N esse  ritmo,  em quatro anos, o Tesouro est ar á  com água...

A favor da lei

Jornal O Estado do Maranhão           Quando a confusão destes dias era menos frenética, em 17/5/2017, às 5:30 h, eu falava, em post no Facebook, da falta de base legal da decisão judicial de primeira instância, de interdição do Instituto Lula: “Era como interditar o prédio de um Ministério porque o ministro trambiqueiro fez reuniões suspeitas em seu gabinete, localizado no edifício”. Bem antes, reclamei da ilegalidade cometida pelo juiz Moro, ao fazer pública uma gravação de Dilma com Lula. Ela dizia ao ex-presidente que acabara de enviar, por “Bessias”, decreto de sua nomeação para cargo no Palácio do Planalto. Havia a presidente da República no áudio, embora ela não fosse o objeto da escuta. Só o STF poderia dar autorização. O ministro Teori deu um pito em Moro e proibiu a divulgação.           Critiquei, ainda, por ditatoriais, algumas das chamadas 10 medidas de combate à corrupção, como a da aceitação em juízo de prova obtida ileg...

Força, Temer

Por Luiz Alfredo Raposo O caso é o seguinte: Temer vinha trabalhando direitinho. Tinha a agenda certa e estava a realizá-la com habilidade. Resultado, o temporal aos poucos se dissipava: a produção ensaiava uma recuperação, depois de nove trimestres seguidos de queda contínua; a inflação anualizada despencara dos dois dígitos, em 2015, para pouco mais de 4%; as demissões estancaram, e, em fevereiro e abril, o quadro até se reverteu. Faltava, para dar força e estabilidade ao movimento de recuperação, resolver a grave questão do déficit primário crescente, diluvial que apareceu, desde 2013-14, no Orçamento da União (e dos Estados). Déficit que contamina a economia, desencorajando os investimentos e o próprio consumo de bens duráveis. E que levou à queda desastrosa da demanda e à crise econômica. A solução era uma reforma previdenciária, que atenuasse o crescimento da despesa-mãe desse déficit, a despesa previdenciária. A demografia passou a trabalhar contra e, agora, a onda de pesso...