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Mostrando postagens de janeiro, 2017

Sossego, enfim

Jornal O Estado do Maranhão           Os moradores do bairro residencial do Cohatrac já não aguentam a poluição sonora e a ameaça a sua segurança e a de seu patrimônio, pois, a cada fim de semana, mais de 10.000 pessoas de todos os cantos de São Luís ali se concentram, em encontros pré-carnavalescos, atraídas por empresários que se apropriam de espaços públicos e os cercam com o fim de cobrar ingressos, ter uma boa receita e perturbar a vida dos residentes. É situação que inferniza milhares deles e atinge bebês, idosos, crianças e enfermos, como consequência dos problemas característicos de eventos desse tipo e porte. Felizmente, porém, o Ministério Público do Maranhão, pelos promotores Cláudio Guimarães e Cláudio Cabral, está atento aos acontecimentos.           Se os eventos são privados, e o são, porque ingressos são cobrados, então sua infraestrutura, inclusive de segurança, deve ser forne...

Criminosos inocentes

Jornal O Estado do Maranhão           Se alguma vez a regra foi quebrada, fossem quais fossem as circunstâncias, ou os apelos das crianças, ou as insinuações de grave doença, não consigo lembrar. Nada faria minha mãe liberar-nos, a mim e meus irmãos, dos deveres escolares, senão depois de nos sentarmos na mesa da copa da casa do Monte Castelo – este, então, bairro para onde a classe média de São Luís estava se mudando, no antigo Caminho Grande dos tempos coloniais, vinda do centro da cidade, e não o bairro de hoje, açoitado por problemas de toda grande cidade brasileira – e, eu dizia, senão depois de nos sentarmos disciplinadamente, mas não sob ameaças que, a mim, pelo menos, somente bloquearia o raciocínio, e cumprirmos o dever diário.           Aí vinham os afluentes do Amazonas, das duas margens do rio, tema, do meu ponto de vista de então, e mesmo do de agora, aterrorizante para uma pessoa...

Novos rumos?

Jornal O Estado do Maranhão           Ano Novo, problemas velhos, mas soluções novas. Esperem aí, essas – alguém dirá –, a exemplo da PEC de contenção de gastos públicos, não são novas – e fá-lo-á bem em dizer, com licença mesoclítica do presidente Temer –, pois passam por novidade, esqueci de dizer, apenas quando analisadas na perspectiva dos últimos 14 anos, em vista da onipresença de teorias econômicas de vodu, ou que lembravam sacadas geniais originadas em deuses da floresta, prevalecentes na condução de nossas políticas econômicas, levando-nos ao buraco em que nos encontramos. Estas políticas sempre produziram, pelo mundo afora, com esse mesmo veneno vodúlico, envenenamento de várias economias, igual ao de agora.           A PEC parece nova apenas porque há tanto tempo o bom senso deixou de ser utilizado pelos nossos dirigentes, que ela parece recém-nascida. No entanto, qualquer um com ent...