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Mostrando postagens de abril, 2016

Última instância

O Estado do Maranhão           Vejo na TV, quinta-feira à noite, dia 14/4, apreciação pelo Supremo Tribunal Federal de pedido do Partido Comunista do Brasil e, igualmente, do advogado-geral da União, ambos, o partido e o advogado, na tentativa, o primeiro, de procrastinar, e o segundo, de impedir o andamento do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Roussef.            Farei apreciação a respeito do advogado em outra ocasião. Concentro-me, de imediato, na evidente ironia de ver um partido comunista, cujo objetivo é “superar” as forças produtivas da economia capitalista e implantar a ditadura do proletariado, ou outro nome qualquer que desejem dar a ditaduras de verdade, como “democracia proletária”, a utilizar, esse partido (aqui, corro a completar o pensamento, explicitando a quem desejo me referir, isto é, ao partido, evitando, assim, anacoluto involuntário, ao estilo Dilma), mecanismos de uma democracia s...

Uma atitude mental

O Estado do Maranhão           Em 1954, eu tinha 6 anos de idade. Lembro muito bem do suicídio do ditador Getúlio Vargas, então presidente da República, eleito em 1950, democraticamente, depois de seu período semiditatorial entre 1930 e 1937 e, abertamente, ditatorial daí até 1945. Prevaleceu genuíno clima de consternação, com músicas fúnebres nas emissoras de rádio, edições extras dos jornais a toda hora e o povo triste e revoltado. Gegê era, sim, popular, mesmo quando autocrata, assim como Medici o seria, no regime militar, quando na presidência da República.           Todo ditador é sanguinário, permitam-me dizer o óbvio. É que o óbvio nem sempre é óbvio, como é possível ver da adoração das esquerdas brasileiras por ele. É como se as atrocidades cometidas pelo seu regime, durante tantos anos, jamais tivessem existido, não fossem óbvias. O comunista Luís Carlos Prestes, estrela-guia de um dos Partidos Comunistas brasileiros, viu sua ...