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Mostrando postagens de setembro, 2015

Ensaio de Milton Torres

Jornal O Estado do Maranhão          Tenho aqui “A Epopeia Amazônica de frei Pedro de Santo Eliseu”, um estudo crítico, por Milton Torres, do poema épico “Viagem”, de autoria do frade carmelita, publicado pela Edusp, editora da Universidade de São Paulo. Um apógrafo localizado por Milton (autógrafo algum foi encontrado) nos Reservados da Biblioteca Nacional, de Portugal, serviu-lhe como texto de referência. O tema é a longa viagem em que os portugueses levaram prisioneiros espanhóis de Belém, rio Solimões acima, até Nova Cartagena, em 1714, a fim de devolvê-los a seus compatriotas, trinta e dois anos, portanto, antes do ano colocado pelo copista ao final do apógrafo (1746).           Tão dilatado tempo entre a realização da jornada e o ano indicado pelo copista terá sido consequência das disputas pela posse do Solimões entre portugueses e espanhóis, não interrompidas pela da Paz de Utrecht – conjunto de acordos destinados a pôr fim à ...

Igualdade: na partida ou na chegada?

Jornal O Estado do Maranhão                      Uma das falácias esquerdistas mais influentes no Brasil é aquela da necessidade de “uma sociedade mais igual”, sem menção ao tipo de igualdade. Nesse entendimento, todas as sociedades têm como objetivo quase único a igualdade de resultados econômicos. Qual o significado de tal afirmação, na prática? O nível de renda de todos deveria ser igual, ou quase. Se não for, dizem, a sociedade será injusta, mas, a culpa pela distorção nunca será de escolhas individuais, ou de decisões equivocadas dos governos, e sim de um ser abstrato, “a sociedade”. Uma perna de pau, cuja contribuição aos bons resultados de sua equipe de futebol seja pequena, deveria receber, em salários, para evitar que a sociedade se torne “injusta”, tanto quanto Neymar recebe, embora este contribua com muito mais nas vitórias. Mas, qual a razão de uns contribuírem mais do que out...