Bons companheiros
Jornal O Estado do Maranhão A imprensa brasileira resolveu que terroristas assaltantes de bancos, assassinos reincidentes autointitulados de defensores dos pobres e oprimidos, devem ser chamados de ativistas. É o caso do tratamento dado ao bandido italiano Cesare Battisti, chegado ao Brasil em 2007. Certo dia de sol mediterrâneo, em 1978, depois de muito refletir sobre a morte da bezerra, indignar-se com as injustiças da vida, reclamar da ingratidão dos homens, lembrar-se do bullying sofrido em seu tempo de escola, revoltar-se contra a crueza do “capitalismo selvagem” e ligar para a santa mãe num lugar qualquer da Itália, com pedido de bênçãos à virtuosa e católica senhora, ele e bons companheiros resolveram assaltar um banco com o objetivo de arrecadar fundos destinados a um fim nobre: a melhoria de vida do povo e a derrubada da “democracia burguesa”. Afinal, os fins justificam os meios, não é assim? Embora neste caso os fins sejam os piores possíveis, um deles sendo a implantação ...