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Mostrando postagens de abril, 2008

Fora Inflação

Jornal O Estado do Maranhão Varrida sem clemência da vida brasileira a CPMF – imposto que, de renovação em renovação, tornou-se tão provisório que chegou a ser permanente, situação conveniente em mais de um sentido, porque permitiu, entre outras coisas, a permanência da sigla com o P original e, também, abundância de recursos para compras diversas – proclamaram para dali em diante desastre nunca experimentado pelos brasileiros na administração das finanças públicas. Ninguém seria capaz de governar sem ela, diziam. Feito a canção de Assis Valente: “anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar”. Pois é, gente simples e crédula, acreditando na história, começou a rezar, já que o fim estava próximo e melhor seria confessar de imediato os pecados, antes da hora fatal, a tempo de salvar a pobre alma atribulada. Qual seria o destino – botavam a mão na cabeça, – do Bolsa-Família e outros programas sem o tal imposto? Viveriam de que jeito, as massas espoliadas, mais uma vez vítimas da ganâ...

Caudilhismo

Jornal O Estado do Maranhão Cuba tem, a Venezuela tem, o Equador também, a Argentina adquiriu um exemplar recentemente e há mais candidatos a caudilho por toda a América do Sul, região com história de ditadores bufões levados nos braços do povo e elevados ao poder como salvadores da nação. “Será que nunca faremos senão confirmar/A incompetência da América Católica/Que sempre precisará de ridículos tiranos”, como perguntou Caetano Veloso na sua canção Podres Poderes? Não poderia o Brasil também ter o seu? Pode ser fora de moda, pode ser compreensível em povos “em desenvolvimento”, no dizer preconceituoso de alguns cientistas sociais, pode ser, até, se quisermos adotar um critério estético de julgamento, cafona e, ainda, constrangedor aos olhos de uma Europa que, em outras circunstâncias se curva, como de costume, humildemente ao Brasil, pode ser coisa de gente sem cultura política ou cultura de tipo nenhum, ansiosa para se aproveitar do poder. Mas, seja como for, é, acima de tudo, imo...