Academia, ano 100
Jornal O Estado do Maranhão
Academia, ano 100 A Academia Maranhense de Letras empossará no próximo dia 31 de janeiro, quinta-feira, às 20 horas, em sua sede à rua da Paz, 84, os novos administradores para o biênio : Comissão Fiscal, os acadêmicos José Filgueiras, Ceres Costa Fernandes e Milson Coutinho; Diretoria, Lino Moreira, presidente; José Maria Cabral Marques, vice-presidente; Jomar Moraes, Secretário-Geral; José Chagas, 1º Secretário; Laura Amélia Damous, 2ª Secretária; Mont’Alverne Frota, 1º Tesoureiro; Alex Brasil, 2º Tesoureiro. Desses 10 acadêmicos, 7 ocupavam o mesmo cargo no biênio anterior, , ou apenas mudaram de cargo. Neste último caso, encontram-se Lino Moreira, que era Secretário-Geral, e Mont’Alverne Frota, antes da Comissão Fiscal. Permaneceram nas mesmas funções Cabral Marques, Alex Brasil, Laura Amélia, José Filgueiras e Milson Coutinho. Não tinham cargo no biênio anterior Ceres, Jomar e Chagas.Teremos a incumbência de planejar e executar os eventos que assinalarão os 100 anos da fundação da Academia, a 10 de agosto de 1908, data do nascimento de Gonçalves Dias, por um grupo de 12 intelectuais maranhenses cujos nomes devo mencionar por imperativo de justiça histórica: Antônio Lobo, Alfredo de Assis, Astolfo Marques, Barbosa de Godois,Corrêa de Araújo, Clodoaldo Freitas, Domingos Barbosa, Fran Paxeco, Godofredo Viana, I. Xavier de Carvalho, Ribeiro do Amaral e Armando Vieira da Silva, o mais jovem entre eles e fundador da Cadeira 8, patroneada por Gomes de Sousa, O Sousinha, ocupada sucessivamente por Jerônimo de Viveiros, João Freire Medeiros, José Ribamar Caldeira e por mim, a partir de 2 de setembro de 2004.
As informações que dou a seguir foram extraídas da quarta edição da publicação da AML, Perfis acadêmicos, organizada por Jomar Moraes.
A solenidade de instalação deu-se no prédio onde funcionava a Biblioteca Pública do Estado, na rua da Paz, que passou mais tarde, em 1949, à propriedade da Academia, quando o governador Sebastião Archer da Silva sancionou a Lei No 320, de 3 de fevereiro.
O primeiro estatuto, de 14 de outubro de 1908, estabeleceu em seu artigo 2º que seria de 20 o número de cadeiras da Academia. Como só foram de fato criadas as 12 dos fundadores originais mencionados acima, faltava criarem-se as outras oito, cujos ocupantes seriam escolhidos por eleição e considerados também fundadores, o que não foi feito de imediato. Houve diversas reformas estatutárias, sendo a primeira de 1916, ano da morte de Antônio Lobo, que não foi presidente da instituição, como às vezes se ouve dizer, função da responsabilidade Ribeiro do Amaral, de 10 de agosto de 1908 a 30 de abril de 1927, portanto durante 19 anos. A reforma de 1946 estabeleceu que seria de 40 o quadro de membros efetivos, seguindo a prática de instituições semelhantes, como a Academia Brasileira de Letras e a Academia Francesa, e de 30 o de membros correspondentes, mandamentos estatutários que se mantêm até hoje.
Coube-me a grande responsabilidade de presidir a Mesa Diretora da AML, quando se comemora seu Centenário, coincidente com o Centenário de falecimento de Artur Azevedo e de nascimento de Fernando Perdigão, 200 anos da chegada da Família Real portuguesa ao Brasil e 400 anos de nascimento do padre Vieira.
Quantas instituições no Maranhão têm essa idade? Quantas, embora já desaparecidas, chegaram a tantos anos e adquiriram um conceito tão elevado, a ponto de as eleições para preenchimento de vagas no seu quadro de membros despertarem vivo interesse na sociedade maranhense?
Anima-me a certeza de que não me faltarão disposição para o trabalho e apoio, não apenas da Diretoria, mas de todos os confrades da Academia e dos amigos da Casa, que são muitos e verdadeiros.
Todos estão convidados para a solenidade de posse.
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