Perda irreparável
Jornal O Estado do Maranhão A vida pode nos golpear justamente quando tudo parece em seu lugar e nada indica a iminência de uma grande dor. O infortúnio costuma acontecer nos momentos em que nem nos lembramos da possibilidade de tudo de repente mudar, se tornar o contrário do que era e nos atingir com a força que só a indiferença do acaso, do destino, da fatalidade – ou o nome que se queira dar a isso –, pelo sofrimento das pessoas boas, é capaz de infligir. Surpresa dolorosa como essa aconteceu há poucos dias com a família de Raimundo Nonato Viveiros, o Viveiros de nossas brincadeiras de infância no Monte Castelo, bairro onde crescemos juntos e iniciamos uma amizade de criança que se prolongou nos adultos de hoje e já dura mais de 40 anos. Jogávamos bola, empinávamos papagaios, íamos ao cinema, a festinhas, sem imaginar que a existência pudesse reservar algum dia a um de nós sofrimentos algum, mesmo pequeno, pois outras não eram nossas preocupações senão as de estudar, apenas para n...