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Mostrando postagens de março, 2007

TV governo

Jornal O Estado do Maranhão O ministro das Comunicações, Hélio Costa, acaba de anunciar a intenção suspeita de criar um novo canal de TV, a ser chamado Rede Nacional de TV Pública do Executivo, com a justificativa de esse Poder necessitar de mais exposição na mídia, quando se sabe que ele é notícia o tempo todo, precisando de menos espaço, não de mais. Com uma eventual redução poderia se dedicar mais a trabalhar e menos a preguiçar, embora isso não seja de modo algum garantido: “Fomos observando as dificuldades que o governo tem de mostrar suas idéias [...]”. Quais? As dificuldades não seriam provenientes exatamente da falta de boas idéias e do excesso de ruins, sendo a nova TV uma destas, como o foi a tentativa de “regulamentar” a profissão de jornalista? Diz mais ele. A nova rede seria “menos chapa branca do que a Radiobrás” e poderia, suprema concessão, até, criticar os governantes, “desde que a crítica fosse correta”, sem explicitar seu conceito de correção crítica., opinião gr...

De ratos e ratos

Jornal O Estado do Maranhão Os ratos são capazes de avaliar os conhecimentos que possuem. Quando postos diante da opção de escolher, com suas pequenas e graciosas patas, entre duas alavancas, uma correspondente a um som longo e a outra, a curto, eles são capazes de acionar a correta, quando ouvem um sinal sonoro de um tipo ou do outro, pelo que são recompensados, vamos imaginar, com um bom pedaço de queijo suíço, daqueles vistos nos antigos desenhos animados de Tom & Jerry. Na hipótese de erro, não recebem nada, nem mesmo um muito obrigado. Quando não têm certeza sobre a extensão do som, eles se abstêm de se manifestar, se lhes é dada esta opção. – Curto ou longo? – devem se perguntar os bichinhos em dúvida angustiante. Quando, porém, não podem se abster e são obrigados a “dizer” alguma coisa, o rendimento em termos de percentagem de acertos das respostas logo cai, mostrando que eles não estão exclusivamente condicionados pela recompensa, tratando-se, em vez disso, de verdadeira i...

Tempo quente

Jornal O Estado do Maranhão O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, IPCC, criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (WMO) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) fez um relatório em 2001 acerca do clima da Terra. Nele advertiu que a contribuição humana para o aquecimento global era “provável”, ante o ceticismo de muitos dispostos a classificar o aviso como alarmista. No início de fevereiro de 2007, o IPCC, após reunir 600 especialistas de 40 países, fez novo alerta, mais enfático, dizendo que a responsabilidade humana é “muito provável” e “inequívoca” no agravamento da situação. Traduzido da linguagem diplomática usada em documentos como esse, obrigado a levar em conta os interesses dos países participantes da organização, isso quer dizer que há uma probabilidade de mais de 90% de a afirmação do painel estar correta, levando-nos a afastar a hipótese de o aquecimento ser tão-só o resultado de fenômenos naturais, que evidentemente não pode...