José Aniesse
Jornal O Estado do Maranhão Na Quarta-Feira de Cinzas, fomos, parentes e amigos, levar o corpo de José Aniesse Heickel Sobrinho ao cemitério, onde, ainda perplexos com o inesperado de sua morte, nos despedimos do querido amigo, mas não das lembranças que ficarão em nossas mentes e corações até o momento de cumprirmos também o nosso destino inexorável de retorno ao pó. Para muitos, a vida dele não se encerra com o ritual de despedida. Haverá nova e melhor existência num paraíso e nisso vai um consolo para os que ficam pesarosos, todavia crentes num renascimento. Outros, como eu, gostam de pensar que vivemos enquanto sobreviverem naqueles com quem tivemos alguma coisa em comum, e em nossos filhos e netos, a memória do que fomos na vida. Essa, penso eu, é a imortalidade essencial. Se, de fato, for assim, então ele tem, desde já, essa garantia de não morrer nas lembranças de todos os que o conheceram. Lembranças capazes de me fazer ver no seu féretro, durante o velório, não um homem que ...