Boletins
Jornal O Estado do Maranhão Um dia desses meti-me a desencavar papéis antigos de dentro de pastas antigas. A cor amarelada delas, junto com o acúmulo de poeira que nelas se viam e sentiam, revelaram a marca da passagem de pelo menos uns quarenta anos. Aí, dei com boletins da época em que eu cursava os antigos ginásio e científico no Colégio Maranhense, dos Irmãos Maristas. Pus-me, então, a pensar nessas intromissões repentinas do passado no nosso dia-a-dia como a fonte da incômoda sensação de que o tempo passou apressadamente por nós e não fomos capazes de realizar muitos de nossos projetos de vida. Não sei se atualmente ainda se usam esses livrinhos nas escolas. Era neles que o irmão titular, como era chamado o responsável por cada turma, registrava não só as notas dos alunos, isto é, os julgamentos objetivos feitos com a utilização de rigorosas provas mensais, como também as avaliações subjetivas, expressas por uma outra nota, dada à chamada “aplicação”. Eu sempre achei curioso esse...