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Mostrando postagens de dezembro 9, 2001

A tia

Jornal O Estado do Maranhão Sou de uma geração criada em famílias grandes. Grandes não apenas porque os casais tinham muito mais filhos do que têm hoje, mas, também, pela convivência das gerações. Tinha-se contato freqüente, além dos irmãos e dos pais, com tios, primos e avós. O estilo de vida era outro e as exigências de sobrevivência econômica menores. Havia sobra de tempo para uso em formas de socialização hoje em desuso. Sem a televisão, computadores e jogos eletrônicos, as crianças tinham a oportunidade de estar mais vezes com as outras de sua idade. Os adultos podiam visitar os parentes e amigos à noite ou em fins de semana, sem nenhum sentimento de culpa pela conversa jogada fora. Os aniversários eram grandes e alegres reuniões familiares nas quais o espírito de camaradagem espontânea estava sempre presente. Ou dizer isso, agora, será mera idealização? Fico sem saber ao certo. Em famílias grandes, os conflitos são inevitáveis. Entre as minhas tias, uma participou mais de perto d...